Você sabe o que define e caracteriza o famoso “relógio de ponteiros”? Conheça a história do relógio analógico e como se tornou o mais comum.
Geralmente as nossas experiências de perceber como se mede o tempo não são exatamente claras nas nossas memórias. Isso porque a modernidade utiliza tanto dessas unidades que desde muito cedo medir horas e cronometrar tempo é uma realidade para as pessoas e é algo no qual não costumamos prestar tanta atenção.
Apesar disso, alguns de nós ainda carregamos as lembranças do período da infância em que aprendemos as coisas básicas da nossa rotina. E entre leitura, escrita e operações matemáticas, aprender a usar o relógio e entender seu horário que representa , exige uma compreensão lógica.
A termo “analógico” se refere ao que se relaciona ou necessita de alguma analogia para ser interpretado. Logo, o relógio analógico é um aparelho que exige uma ordem para que se entenda o horário, além da contagem de tempo . O horário mostrado não é necessariamente o exato daquele momento, precisa ser interpretado por quem o lê.
É possível afirmar que o relógio analógico não representa o horário “correto” por normalmente trabalhar com um sistema de 12 horas por ciclo completo. Ainda que seja possível encontrar relógios analógicos com sistema de 24 horas, ainda não é uma regra comum e por isso visualizar é um trabalho interpretativo até que se torne um hábito natural.
A interpretação do tempo num relógio analógico
Apesar de que hoje existem relógios digitais, os analógicos são clássicos que nunca saem de moda. Ler, portanto, suas horas, é se integrar numa realidade mundial. E sejam os relógios tradicionais de três ponteiros e algarismos arábicos ou os mais modernos com outras funcionalidades associadas, os métodos de interpretação são universais e conhecer eles é de suma importância para não passar nenhum constrangimento ou mesmo, ironicamente, se atrasar por não conseguir lê-lo.
Antes de mais nada é preciso saber como se divide um relógio analógico. Normalmente, os relógios analógicos possui ciclos de 12 horas, sendo divididos em 12 seções que representam as horas completas. No centro superior se encontra o número 12, e o sentido horário (para a direita), que determina como irão correr as horas. Dentro de cada sessão das horas existem segmentos que representam os minutos. Cada seção maior, possui cinco seções menores indicando 5 minutos.
Entenda a Função do Relógio
Os relógios analógicos podem ter dois ou três ponteiros, indicando as horas, minutos e segundos ou apenas as horas e minutos. O menor ponteiro é o que indica as horas, o maior indica os minutos , e o que possui uma espessura mais delicada indica os segundos. Sempre que o ponteiro menor indica algum horário, é porque se está localizado dentro daquela hora, ainda que os minutos estejam variando.
Determinada a hora em que se encontra pelo ponteiro menor, se descobre os minutos pelo ponteiro maior. Quando o ponteiro maior está no número 12, se indicam 0 minutos dentro daquela hora. Assim que ele passa para a casa seguinte, se indica 01 minutos e assim sucessivamente.
Mas ainda que essas seções menores sirvam para identificar os minutos, não é preciso contar todos eles todas as vezes que se planeja ler elas. Basta que se olhe para qual número o ponteiro maior indica. Daí parte uma pequena operação matemática para saber o horário exato que o relógio quer indicar naquele momento. Por exemplo, se o ponteiro menor está em 12, isso quer dizer que é meio dia ou meia noite. Mas se o ponteiro maior está no número 2, isso quer dizer que é 12h 10min ou 00h 10min naquele momento.
Formas de ver relógio analógico
Sabendo isso, você sabe ler as horas num relógio analógico convencional. Basta juntar o que indica o ponteiro dos minutos e das horas agora. Além disso, é preciso saber indicar as horas de um relógio analógico por escrito, é preciso indicar as horas como AM ou PM, no sistema estadunidense de 12 horas. No Brasil, costumamos dizer se são 10 horas da manhã ou 10 horas da noite, mas ainda assim pode ser preciso indicar em algumas situações.
Outros relógios analógicos não possuem algarismos arábicos, isto é, com números de 1 a 12. Alguns utilizam algarismos romanos, da mesma forma que os algarismos arábicos são dispostos. Indicados pelas casas de horas e minutos, enquanto outras peças analógicas sequer utilizam indicadores por números ou símbolos. Para as pessoas que não têm tanta facilidade na leitura dos horários, se recomenda um relógio com números até que se aprenda a interpretar rapidamente o que o aparelho quer dizer.
Mas afinal, de onde saiu a ideia de medir o tempo por relógios analógicos?
Medir o tempo nada mais é que suprir uma necessidade de sobrevivência do ser humano. A natureza, com seus fenômenos, já permite que o homem com a menor observação possível possa dizer unidades de medida. São as estações do ano, com suas chuvas, prevalência de sol, ciclos de vegetais e animais, frio, calor e umidade que ajudaram a espécie humana a determinar o ano de 12 meses, que mais tarde viria a ser comprovado com estudos de astronomia.
Além disso, as estações da lua e sua observação serviram como fonte para indicar a duração dos meses, que mais tarde seria consolidada. E o mais óbvio se definiu pela concepção humana do que é dia e noite. Do nascer ao pôr do sol se definiu o dia, e na ausência da luz solar, a noite. O ser humano, como um animal, possui suas inclinações para realizar suas tarefas em alguns horários e descansar em outros.
Quando a espécie humana passou a conviver em sociedade, surgiram novas necessidades a serem supridas. Cada povo inventou sua própria forma de medir os dias, seja de modo mais primitivo ou mais elaborado. Quando as civilizações avançaram, eles se basearam em suas necessidades, usando datas importantes, atividades de agricultura, pecuária e extrativismo. Além de datas religiosas, como é o caso do calendário cristão, vigente na sociedade ocidental hoje.
Contagem do Tempo
Cronometrar tempo se tornou uma necessidade partindo da sedentarização humana. Os relógios de sol são conhecidos por serem os primeiros relógios desenvolvidos na história da humanidade. Nesses relógios havia uma superfície plana e um temporizador estático que indicava as horas à medida que o sol mudava de posição ao longo do dia. Alguns problemas surgiam na medida desse tempo: a inexatidão de horas, já que o sol muda de posição com o passar das estações do ano; a ausência de luz solar à noite; a limitação na contagem de tempo e de cronometração. Isso fez com que outras formas de contar o tempo desenvolve-se ao longo do tempo, partindo das mais primitivas até o advento dos relógios atuais.
Existem registros de relógios na Judeia cerca de 600 anos antes do nascimento de Cristo, esses eram do modelo clepsidras, ou relógios de água, e ampulhetas, os relógios de areia. As clepsidras foram utilizadas na Grécia antiga, no Egito antigo e em diversos locais do Oriente como forma de determinação do tempo, mas a inexatidão da vazão de água do seu sistema deixou em aberto essa desvantagem.
Acerto de horas
Já as ampulhetas, produzidas com areia ou algum pó de espessura bem fina, apesar de cronometrarem bem o tempo, tinham a desvantagem de sempre depender da ação humana para o seu funcionamento, no caso, não poderiam por si só indicar as horas, e até o desenvolvimento do relógio mecânico foi assim.
O astrônomo chinês Yi Xing, foi um dos primeiros desenvolvedores de um sistema de relógios que revolucionou a forma como o homem mede o tempo. Este inventou o mecanismo de escapamento, um tipo de escape utilizado nos relógios mecânicos de pêndulo. O escape é um mecanismo que sustenta a oscilação do pêndulo, dando empurrões toda vez que a âncora oscila.
Criação do Relógio
Todavia, o primeiro relógio desenvolvido por Yi Xing era um sistema bastante complexo, cheio de engrenagens e movido por água, completando seu ciclo a cada 24 horas. Nessa altura, já era de uma concepção geral o conceito da medida do tempo ao longo do dia. Essa invenção chegou ao ocidente quando o califa de Bagdá ofereceu um relógio mecânico ao imperador do Sacro Império Romano Germânico, Carlos Magno. Ainda assim, o relógio foi aprimorado, e no mundo ocidental o papa Silvestre II leva o crédito como inventor também.
Relógios eram então itens domésticos, como ainda são hoje, mas a invenção do relógio como acessório, ou melhor, sua adaptação para ser levado junto ao corpo da pessoa se deu por volta do ano 1500 quando foi fabricado o primeiro relógio de bolso pelas mãos do relojoeiro Peter Henlein.
Relógios eram produto da alta aristocracia que com o passar do tempo se popularizaram. Os modelos de pulso, então, foram encomendados pela primeira vez pela princesa de Nápoles, tornando-se um item de desejo para mulheres de todo o ocidente. Por outro lado, era visto como um acessório estritamente feminino.
No século XX, o relojoeiro Louis Cartier recebeu uma encomenda de seu amigo, o inventor Alberto Santos Dumont de um relógio de pulso num modelo masculino, já que ele precisava de praticidade para ver as horas e manter suas mãos ocupadas com seus balões. A peça foi trabalhada em correia de couro, e começou a ser vendida livremente no ano de 1911. Durante a Primeira Guerra Mundial, os relógios de pulso masculino se consolidaram entre os homens, em especial, entre os soldados do front de batalha.
Características de um relógio analógico
Quando se fala em relógio analógico de pulso o que se faz pensar é em uma peça confeccionada em aço ou algum metal de boa qualidade, associado a uma pulseira de couro, e sem muitos adereços. Não seria diferente para os relógios analógicos de parede, ou de mesa, no fim das contas esse modelo carrega um ar de tradicionalismo e classicidade ao ambiente ou indivíduo que o carrega.
Essas constatações não são necessariamente irreais, mas hoje, o design de um relógio analógico pode passar a impressão de uma peça clássica, moderna, tradicional ou criativa, e as opções são diversas ficando exclusivamente à critério do consumidor.
O que irá caracterizar de fato um relógio analógico são seus princípios de funcionamento, seja ele um mecânico, ou de corda, ou um relógio de quartzo. Cada tipo de relógio analógico possui suas vantagens e desvantagens frente ao seu custo-benefício, utilizando os critérios de valor, funcionalidades atribuídas, custo de manutenção, durabilidade e confiabilidade da joia.
Evolução dos relógios
Além dos diferentes designs e modos de funcionamento que relógios analógicos carregam, muitas peças desenvolvidas por empresas especializadas carregam, relógios analógicos hoje encontrados no mercado já possuem mais funcionalidades que apenas ver o horário. Algumas funções como de calendário, bússola e iluminação. E pode ter certeza, os relógios, tanto masculinos quanto femininos, não irão parar por aí. A criatividade é bem vinda para os desenvolvedores modernos dessas peças.
Alguns modelos que deve levar em consideração quando tratamos da peça mais clássica no que diz respeito a relógios analógicos, e o primeiro deles é o relógio militar. É um relógio estilo, baseado nos que os soldados utilizavam nos campos de batalha do século passado e merecem destaque entre os modelos, já que ao passo que são peças rústicas, também são clássicos e elegantes.
Outros modelos de relógios analógicos que deve levar em consideração, são os relacionados a profissões específicas. Para os mergulhadores, aviadores e corredores existem designs específicos que combinam com a imagem que se passa. Relógios que mostram o sistema mecânico interno, também revelam um caráter mais industrial da peça, enquanto os que apresentam menor número de adereços podemos nos referir como relógios de uso social.
